domingo, 19 de dezembro de 2010

Dropkick Murphys - Tessie

Olhós gajos! Então pá, já tinham saudades. Isto de escrever aos sábados tem sido chato, ninguém via o blog e tal. Por isso, ontem tirei o meu dia de férias e fui-me enfrascar com os meus migaços! Conclusão, não puderam ler os nossos fabulosos artigos! Mesmo assim, acho que deviam fazer um check-up aos que ainda não viram!
Anteontem, estava com a ouvir musiquinha com o mp3 e o random, trouxe-me para aí umas 3 vezes seguidas para a mesma banda. Vou já avisar-vos que não ouvi muito dos álbuns dos rapazes de que vou falar hoje, mas como é punk rock, volto a dizer como o fiz no artigo dos Authority Zero: basta saber meia dúzia de hinos, que chegas ao concerto, cantam-se numa só voz e pode-se ir curtir para o mosh! \m/ (fiz o símbolo dos cornos outra vez para dar um ar rebelde à coisa).


A banda de hoje é, se calhar, um dos nomes actuais do punk que mais admiro. Transpiram as suas origens, juntando as três coisas que mais adoram: o punk, Boston e a Irlanda. É uma espécie de Gogol Bordello, mas sem a parte dos ciganos. Imaginem aqueles pubs cheios de irlandeses, bêbados (estou a repetir-me não é? Irlandeses, bêbados, é tudo o mesmo), a cantarem músicas tradicionais e a abanarem a caneca de cerveja no ar. Juntem guitarras, gaitas de foles e mais tretas relacionadas com a cultura irlandesa, e obtêm os Dropkick Murphys. Correndo o risco de cometer uma blasfémia digo-vos aqui com toda a sinceridade: no último dia do Alive 2010, apesar de adorar Pearl Jam, estava mais entusiasmado com 2 bandas, os LCD Soundsystem e os Dropkick Murphys. Os primeiros, porque já os podia ter visto e sempre me arrependi; os segundos porque nunca pensei que os pudesse ver. Não sou muito de mosh, mas em Dropkick foi inevitável. É contagiante a animação dos irlandeses, a modéstia, a clara demonstração de que estão ali para se divertir. Tiro o meu chapéu a uma banda que, sabendo das suas debilidades artísticas (pois não são nenhuns virtuosos ou génios), fazem delas vantagem, acolhendo-nos numa acolhedora animação e simpatia.


Não ouvi pormenorizadamente nenhum dos álbuns, com a excepção do terceiro, lançado em 2001 "Sing Loud, Sing Proud!". Há inúmeras referências a Boston, à Irlanda, às franchises desportivas da cidade de Boston, há covers de músicas tradicionais irlandesas. Se sempre se identificaram com esta cultura e com o punk, oiçam, é muito porreiro. Também devo dizer-vos que a música "I'm Shipping Up To Boston" entrou no filme Departed do Martin Scorsese, que fez com que eles ganhassem algum reconhecimento fazendo com que, as equipas de Basquetebol, Futebol Americano e Basebol da zona de Massachusetts, usassem essa e outras músicas durante os intervalos dos jogos.

Vou dar-vos aqui uma lista de músicas que recomendo:
"For Boston", rápida e dá uma pica enorme;
"The Rocky Road To Dublin", a minha preferida;
"The Dirty Glass", tem uma letra mesmo cómica;
"Kiss Me, I'm Shitfaced", a balada dos Dropkick Murphys;
"Your Spirit's Alive", uma descoberta feita pelo meu amigo Afonso;
"The Auld Triangle", a primeira música que ouvi deles.

A música de hoje é a que não saía do meu iPod, atormentou-me até eu ter que fazer este artigo. É uma canção relacionada com o desporto: nos anos de glória dos Boston Red Sox (basebol), era cantado o seu hino chamado "Tessie" nos estádios. Desde 1918 que os Red Sox não ganhavam o campeonato (alguém via Lost e lembra-se do Jack?), então os Dropkick Murphys fizeram essa música em 2004 com o objectivo de trazer os anos de glória de volta. Um pouco mais tarde, nesse mesmo ano de 2004, os Red Sox sagram-se campeões e a música ganha tremendo impacto na cultura da equipa. É uma música muito fixe, adaptada de um musical da Broadway e eu que adoro desporto, faz-me lembrar as vezes que vou ao estádio ver um jogo.



Aos fãs dos Lakers, Yankees e Giants desculpem lá, mas, com a ajuda dos Dropkick Murphuys, "For Boston, For Boston, I'll sing out loud and clear"! Se gostaram deles, oiçam também os Flogging Molly que são da mesma fornada digamos assim!

3 comentários:

  1. Oh Diogo o concerto deles no Alive foi uma seca! Até à 3a música tudo bem, mas depois...as músicas deles pareciam praticamente iguais.

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  2. confesso já estar um bocado alterado na altura. mas esse é o problema do punk. de qualquer forma, lembro-me que não tocaram muitas das músicas mais fixes.

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