Anteontem, estava com a ouvir musiquinha com o mp3 e o random, trouxe-me para aí umas 3 vezes seguidas para a mesma banda. Vou já avisar-vos que não ouvi muito dos álbuns dos rapazes de que vou falar hoje, mas como é punk rock, volto a dizer como o fiz no artigo dos Authority Zero: basta saber meia dúzia de hinos, que chegas ao concerto, cantam-se numa só voz e pode-se ir curtir para o mosh! \m/ (fiz o símbolo dos cornos outra vez para dar um ar rebelde à coisa).

A banda de hoje é, se calhar, um dos nomes actuais do punk que mais admiro. Transpiram as suas origens, juntando as três coisas que mais adoram: o punk, Boston e a Irlanda. É uma espécie de Gogol Bordello, mas sem a parte dos ciganos. Imaginem aqueles pubs cheios de irlandeses, bêbados (estou a repetir-me não é? Irlandeses, bêbados, é tudo o mesmo), a cantarem músicas tradicionais e a abanarem a caneca de cerveja no ar. Juntem guitarras, gaitas de foles e mais tretas relacionadas com a cultura irlandesa, e obtêm os Dropkick Murphys. Correndo o risco de cometer uma blasfémia digo-vos aqui com toda a sinceridade: no último dia do Alive 2010, apesar de adorar Pearl Jam, estava mais entusiasmado com 2 bandas, os LCD Soundsystem e os Dropkick Murphys. Os primeiros, porque já os podia ter visto e sempre me arrependi; os segundos porque nunca pensei que os pudesse ver. Não sou muito de mosh, mas em Dropkick foi inevitável. É contagiante a animação dos irlandeses, a modéstia, a clara demonstração de que estão ali para se divertir. Tiro o meu chapéu a uma banda que, sabendo das suas debilidades artísticas (pois não são nenhuns virtuosos ou génios), fazem delas vantagem, acolhendo-nos numa acolhedora animação e simpatia.

Não ouvi pormenorizadamente nenhum dos álbuns, com a excepção do terceiro, lançado em 2001 "Sing Loud, Sing Proud!". Há inúmeras referências a Boston, à Irlanda, às franchises desportivas da cidade de Boston, há covers de músicas tradicionais irlandesas. Se sempre se identificaram com esta cultura e com o punk, oiçam, é muito porreiro. Também devo dizer-vos que a música "I'm Shipping Up To Boston" entrou no filme Departed do Martin Scorsese, que fez com que eles ganhassem algum reconhecimento fazendo com que, as equipas de Basquetebol, Futebol Americano e Basebol da zona de Massachusetts, usassem essa e outras músicas durante os intervalos dos jogos.
Vou dar-vos aqui uma lista de músicas que recomendo:
"For Boston", rápida e dá uma pica enorme;
"The Rocky Road To Dublin", a minha preferida;
"The Dirty Glass", tem uma letra mesmo cómica;
"Kiss Me, I'm Shitfaced", a balada dos Dropkick Murphys;
"Your Spirit's Alive", uma descoberta feita pelo meu amigo Afonso;
"The Auld Triangle", a primeira música que ouvi deles.
A música de hoje é a que não saía do meu iPod, atormentou-me até eu ter que fazer este artigo. É uma canção relacionada com o desporto: nos anos de glória dos Boston Red Sox (basebol), era cantado o seu hino chamado "Tessie" nos estádios. Desde 1918 que os Red Sox não ganhavam o campeonato (alguém via Lost e lembra-se do Jack?), então os Dropkick Murphys fizeram essa música em 2004 com o objectivo de trazer os anos de glória de volta. Um pouco mais tarde, nesse mesmo ano de 2004, os Red Sox sagram-se campeões e a música ganha tremendo impacto na cultura da equipa. É uma música muito fixe, adaptada de um musical da Broadway e eu que adoro desporto, faz-me lembrar as vezes que vou ao estádio ver um jogo.
Aos fãs dos Lakers, Yankees e Giants desculpem lá, mas, com a ajuda dos Dropkick Murphuys, "For Boston, For Boston, I'll sing out loud and clear"! Se gostaram deles, oiçam também os Flogging Molly que são da mesma fornada digamos assim!
Oh Diogo o concerto deles no Alive foi uma seca! Até à 3a música tudo bem, mas depois...as músicas deles pareciam praticamente iguais.
ResponderEliminarconfesso já estar um bocado alterado na altura. mas esse é o problema do punk. de qualquer forma, lembro-me que não tocaram muitas das músicas mais fixes.
ResponderEliminarolha quem sao eles !
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