segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Unwritten Law - Lost Control


Hoje, o artigo vai ser curto. Nem introduçãozinha nem nada. Desculpem, mas prometo que Fevereiro vai ser um mês cheio de artigos, mas agora o tempo é pouco. Hoje vou meter um guilty pleasurezinho. Esta é daquelas músicas que me marca por alguma razão em particular e não propriamente porque a acho uma grande canção. Neste caso foi simplesmente porque fazia parte da banda sonora de um jogo que eu jogava muito. Quando ouvi o resto das músicas, achei muito banais e muito iguais umas às outras, mas esta música, não sei porquê, dá-me pica. Pica para andar a alta velocidade no carro (ya, o jogo era o Need For Speed). Como estava a dizer, a banda é tipo o meio-termo entre o punk-pop de blink-182, Sum 41, Good Charlotte, e o hardcore melódico de Rise Against e No Use For A Name. A banda não tem grande impacto no mundo da música, mas é como digo, esta música... É um guilty pleasure vá. Desse modo, os Unwritten Law vão ficar na minha cabecinha sempre à pala desta música. De qualquer forma, se gostarem mesmo muito destas cenas, oiçam o álbum Here's to the Mourning, que até é não é mau de todo e o Elva igualmente razoável. A música de hoje chama-se Lost Control. Enjoy!



Mais uma vez parabéns ao Marcos. Ainda não enviei o CD, mas vou ver se amanhã trato disso!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Destroyer - Kaputt

Confesso que hoje não estava nada à espera de fazer um artigo. A chuva estragou os planos de uma "noite louca... carpe diem". Por isso, hoje é noite de estudar funções, determinar primitivas e calcular integrais. Mas antes disso, uma paragem para digerir o frango assado do jantar. Pausa com quê? À falta de KitKat, recorri à música. Comecei a ouvir então, um álbum que saquei há dias, que estava bem referenciado nos dois sites de música que mais consulto. Não vou dizer quais são, para não perder clientela (Drowned In Sound e Pitchfork). Também me influenciou muito a opinião do guru da crítica musical na internet (ou seja, ídolo dos elementos deste blog), Anthony Fantano (the needle drop). Nunca tinha ouvido falar do autor desse tal álbum e até pensei inicialmente que era uma banda. Afinal, o senhor em questão é mesmo só um e já tinha uma carreira grande, que remonta a 1996. É, inclusive, integrante dos interessantes The New Pornographers e chama-se Dan Bejar. No entanto, a sua carreira a solo está sob o nome Destroyer.


Destroyer, como vos disse, já tem uma carreira longa. A contar com este álbum lançado a 26 de Janeiro, já tem 9 registos de longa duração. Tem mais 3 EP's e 1 cassete (lol). Portanto, pode dizer-se que não é novo nisto. Mas é novo para mim e hoje ouvi pela primeira vez Destroyer e o seu novo álbum Kaputt. Não faço mesmo ideia a que soam os outros álbuns, só investiguei opiniões de outros amantes da música e, no geral, recebe bastantes elogios. O conjunto todo dos trabalhos de Destroyer recebe também aquele excelente elogio musical que é a capacidade de se reinventar álbum após álbum, chega mesmo a ser comparado ao camaleónico David Bowie. Ao começar a audição deste álbum, e sem querer parecer muito uma pessoa sem opinião própria, fiquei logo de orelhas em pé com muita atenção e gostei bastante do que os tais sites me tentaram impingir. Baixos porreiros, uma voz peculiar, mas simpática e modesta, uns ligeiros toques de jazz e um ambiente de tranquilidade e relaxamento. Tem músicas muito fixes, pormenores muito porreiros e uma boa produção, acho por isso que devem dar-lhe um check. Começa bem este ano, já com um álbum muito forte. Fiquei, sem dúvida, interessado para ouvir o resto dos trabalhos dele. A música que mais gostei foi Savage Night At The Opera, meti no SoundCloud para vocês ouvirem e vamos ver quanto tempo dura sem que me venham chatear com direitos de autor.

Destroyer - Savage Night At The Opera by Diogo Martins

Vou deixar-vos aqui também, o primeiro video do álbum. O vídeo é bem estranho, mas a letra fala de cocaína, logo percebe-se. A música chama-se, tal como o álbum, Kaputt. Enjoy!



Ah ia-me esquecendo. Prometi um passatempo e ainda hoje vão ter novidades na nossa página do Facebook. O álbum é normalíssimo, ainda nem foi usado, tem capa e tudo normal, só não tem artwork. É de uma banda que as pessoas ou odeiam ou adoram, mas mesmo assim acredito que haja muitos participantes. Depois tiro fotos para vocês perceberem.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Meek Is Murder - Mosquito Eater EP


Querido blog,
ontem fui espreitar o METALSUCKS e fui dar de caras com os Meek Is Murder. Eles estão pelos vistos a acabar de masterizar o seu novo album Algorithms, e tinham um pequeno teaser que me deixou todo excitadinho:



Ao que parece este album Algorithms vai ver a luz das lojas dia 22 de Março (pelo menos nos EUA), e é produzido por Kurt Ballou, géniozinho guitarrista de Converge.
Fui então pesquisar a ver se conseguia ouvir qualquer coisa da banda, e claro que o meu amigo mediafire me disponibilizou Mosquito Eater. Um EP que foi á uns tempos atrás posto no myspace dos Meek Is Murder para download grátx. Devo dizer então que ao contrário da maioria das bandas de extreme metal, grindcore, mathcore, wtv, Meek Is Murder cativou-me á primeira. Embora eles sejam bastante técnicos, eles conseguem escrever músicas que não são um despejo de riffs a mil á hora, (embora ás vezes os despejem). Notam-se as influências de Grindcore, Converge, Botch, Coalesce, mas outras influências de Heavy Metal, e Thrash, como por exemplo no solo triunfante do final de First Blood Part II.
Deixo-vos aqui então como é de costume link para o EP e a música First Blood Part II.

Isto do tempo frio puxa-me sempre para o meetaaall \m/ \m/

Espero que estejam a ter uma boa semaninha.

EP !!

Meek Is Murder - First Blood Part II by Diogo Crostas

Animal Collective - Fireworks

Não vou voltar a fazer uma introdução a falar da mesma lengalenga de sempre. Ya, tenho tido exames e tal, não é bem uma desculpa, mas pronto. De qualquer forma, tenho andado a ouvir muita música para fazer-vos reviews bonitas. Tenho andado particularmente interessado numa banda que é uma das protegidas e, já uma banda de culto, do mundo indie. Vou armar-me em prepotente e arrogante, criticando algumas das coisas deles, mas elogiando muito, porque são autores de músicas que me fazem entrar em êxtase. Aquele êxtase calminho, que nos faz sonhar! É uma banda que podia ser das mais conhecidas no nosso país, dado que um dos seus vocalistas vive em Lisboa e é casado com uma portuguesa. Os insiders já perceberam que hoje vou falar dos Animal Collective.


Quando inicialmente os comecei a ouvir, pouco sabia sobre eles e, até há pouco tempo o que sabia era realmente muito pouco. Tinha vários CDs deles, mas ouvia só algumas músicas deles. Então decidi investigar e aculturar-me. Os Animal Collective são uma banda americana iniciada por David Portner (Avery Tare) e Noah Lennox (Panda Bear; o tal que vive em Lisboa). Juntos, lançam o primeiro trabalho da banda em 2000, chamado Spirit They're Gone, Spirir They've Vanished, que lhes valeu comparações com o psicadelismo de Beatles e Pink Floyd (say whaaaaat?). É uma boa estreia, tem uma ou outra música chata, sendo as outras porreiras. É absolutamente ground-breaking dado o ano em que foi lançado e é também, no fundo, a essência do que de melhor fazem os Animal Collective: o pop psicadélico que pega em nós e nos leva para o País das Maravilhas. Em 2001, lançam o sucessor, Danse Manatee, já com Brian Weitz (Geologist) na banda. Se os que ouvem Animal Collective pensam: "isto parece tudo ao calhas", oiçam este álbum e esse sentimento é levado ao expoente máximo. Para além das músicas mais curtas não terem desenvolvimento nenhum, as músicas maiores, carecendo também desse problema, chegam a ter sonoridades irritantes. Se quiserem oiçam o álbum, mas digo já que é, para mim, muito fraquinho. Em 2003, junta-se Josh Dibb (Deakin) ao duo inicial e os três lançam o álbum Campfire Songs, sob o mesmo heterónimo (calma aí, Fernando Pessoa). Só tem cinco músicas, é porreiro, com o interessante pormenor da forte presença das guitarras acústicas, mas nada de especial. No mesmo ano, com os quatro elementos da banda finalmente juntos e já com o nome Animal Collective definido, é lançado Here Comes The Indian. A crítica gosta bastante, mas eu não o acho nada de especial. Continuo a vê-los a tentar fazer coisas diferentes e novas, mas sem aquela componente importante que é ser audível por um grande número de pessoas. Mas em 2004, os Animal Collective começam a atingir a excelência. Lançam Sung Tongs, um excelente álbum, com um estilo difícil de qualificar, mas que soa muito bem nos nossos ouvidos. Desprenderam-se, nesta fase, das sonoridades mais viradas para os "contos de fadas", passando para ritmos mais rápidos e mexidos. Segue-se 2005, que nos traz Feels, mais uma maravilha deste quarteto, todo ele feito com uma afinação das guitarras única, o que lhe confere uma sonoridade inevitavelmente diferente. Como eles disseram: "Todas as músicas do Feels estão afinadas a partir do piano de um amigo nosso, que já estava por si próprio, desafinado."


Continuando o processo de aperfeiçoamento, as músicas vão ficando cada vez mais convidativas a um maior número de pessoas, as vozes (e gritos do Panda Bear) cada vez melhores, as músicas com uma produção muito melhor, sempre com o cunho próprio da banda, e é lançado em 2007, Strawberry Jam, vencedor de inúmeros prémios e detentor de relativo sucesso comercial. Lembro-me inclusive, que o single "Peacebone" chegou mesmo a dar na televisão portuguesa, nos intervalos da SIC Radical. A música de hoje é precisamente deste álbum, mas já lá vamos! A carreira dos Animal Collective continua em 2009, com mais um arrecadador de prémios, Merriweather Post Pavilion (a capa está em cima, granda ilusão de óptica né?), que foi nomeado álbum do ano em variadas publicações de música, incluindo o suplemento musical da revista Time (só pa dar aquela credibilidade). É o álbum mais longo da banda, parece-nos logo uma das coisas mais sérias que os Animal Collective já fizeram e tem como produtor Ben Allen, que trabalhou com os Gnarls Barkley (só pa cativar a malta pop). Tem como single "My Girls", oiçam que é muito porreiro.
Concluindo, oiçam os 4 últimos álbuns que são muito porreiros, porque agora que os ouvi com atenção, fiquei simplesmente atordoado com a evolução, constante mudança de sonoridade e frescura das canções. A música de hoje é a minha preferida deles, chama-se "Fireworks" (não, não tem nada a ver com a Katy Perry), tem aquele coro inicial super-contagiante, o gritinho no refrão que também me faz gritar, o riff do piano no refrão e toda aquela sonoridade épica que nos leva a navegar por caminhos imaginários. É uma das minhas músicas preferidas de sempre, já fez repeat muitas vezes no meu iPod. Enjoy!



Eles têm também alguns EP's, que são "restos" das gravações de cada CD, para quem tiver interessado, oiçam também!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mount Eerie - Black Wooden Ceiling Opening EP

Querido blog,
não sei já repararam, mas este blog anda um pouco em baixo, será a falta de dinheiro ao projecto, será que a vontade já não é tanta, ou serão só os exames de final de semestre? Se eu fosse vocês gostaria de acreditar na ultima.
A verdade é que o Diogo Martins não é um parceiro fácil de controlar e começa a pensar por ele próprio e isso levanta mau ambiente de trabalho... (mute )
Intrigas á parte, hoje vou-te falar de uma banda representada pelo músico de Washington, Phil Elverum. Phil Elverum era conhecido, por representar outra banda os The Microphones, mas decidiu depois de lançar um album chamado Mount Eerie, começar a actuar com este nome. The Microphones foi a banda de Phil Elverum quando ele ainda estava em Olympia, Washington lançou em 2001 um marco do indie rock, Glow Pt.2, aconselho vivamente. Mas hoje venho "dar" e falar um bocadinhoo sobre o EP de 2008 Black Wooden Ceiling Opening. Mount Eerie têm lançado alguns albuns mais "abençoados" como o Lost Wisdom ou o mais recente Wind's Poem. Embora seja fã de Lost Wisdom, este é EP é o meu release preferido de Mount Eerie. Ele é bastante lo-fi, mais que Lost Wisdom e Wind's Poem, que são lo-fi na medida em que é mais "light", Black Wooden Ceiling Opening encontra coêrencia no lo-fi. Embora as músicas sejam bastante caracterizadas pela melodia do songwriting, em quase todos os momentos deste album, existe experimentação, e metal, é verdade. Nalgumas músicas é bastante notável a influência do black metal neste album, bastantes riffs e instrumentais mais dark, no entanto sempre recorrendo a maneiras "baratas" e instrumentos "naturais" sem grande superprodução. Também as influências de pop, rock e indie rock dos anos 90 são bastante notadas. No entanto este album para mim é unico, o que realmente gosto no album é que embora quase todas as músicas tenham distorção, guitarras eléctricas, bateria, as letras das músias, e as melodias, bem como a voz de Phil, lembra-me sempre de acústica. Este album é um exemplo do que o agora chamado lo-fi, indie folk devia ser.
E prontx, agora vou deixar aqui o link para o EP e a música In Moonlight.


EP ! !
Mount Eerie - In Moonlight by Diogo Crostas

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Funkadelic - Maggot Brain


Querido blog,
"Mother nature is pregnant for the third time for y'all have knocked her up.
I have tasted the maggots in the mind of the universe
I was not offended for I knew I had to rise above it all
or drown in my own shit."


Melhor solo de guitarra de sempre.

Funkadelic - Maggot Brain



Maggot Brain é a faixa inicial do album de mesmo nome da influente banda americana Funkadelic. A música é um intenso solo de guitarra tocado pelo guitarrista Eddie Hazel, que mais tarde abandonou a banda e começa com uma introdução de George Clinton, frontman de Funkadelic e da banda irmã Parliament, ambas bandas americanas que se destacam pelas marcas que deixaram pelos mundos do rock, funk, psychadelia, soul e r&b. A verdade é que Funkadelic são uma banda underated que ninguém quer saber :(. Mentiras, este solo por exemplo, está sempre bem colocado naquelas listas de solos de guitarras que fazem...é uma obra-prima, mas Funkadelic não é só isto, aconselho vivamente o album Maggot Brain para entrarem no mundo Funkadelic-Parliament e George Clinton, principalmente se estão interessados em solos de guitarra cheios de sustain, ambientes psicadélicos, e ritmos tropicais (y).

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Flight Of The Conchords vs The Lonely Island

Estou cheio de dores de cabeça. A juntar à azia do meu Sporting andar completamente ridículo, do Real Madrid ter empatado ficando mais longe do Barcelona e dos New England Patriots terem perdido, o dia está a correr mal. Vá, nem muito mal. Isto só vai servir para eu dizer que: há quem diga que rir é o melhor remédio e fui à procura de coisas para rir. O que é que isso tem a ver com o blog? Muita coisa, porque das coisas que me metem mais bem disposto são os meus grupos de comédia musical preferidos. No youtube há milhares de pessoas a fazer vídeos engraçados com música, um exemplo disso é o Mystery Guitar Man ou os The Gregory Brothers. Mas há uns que apontam a objectivos mais altos, com produções musicais mais fortes e aparições televisivas. Hoje vou falar-vos dos The Lonely Island e dos Flight of the Conchords.


Os Lonely Island são um grupo de três rapazes, Akiva Schaffer, Jorma Taccone e Andy Samberg, que faziam espectáculos de comédia contendo sketchs e músicas. Foram depois descobertos pelo programa, visto por milhões e vencedor de inúmeros prémios, Saturday Night Live. A partir daí foi sempre a subir: vídeos no SNL com audiências brutais, um álbum lançado, colaborações com artistas conceituados como Justin Timberlake, T-Pain, Julian Casablancas dos Strokes, Norah Jones, Seth Rogen, Natalie Portman (óscar este ano?), JJ Abrams (LOST FTW!), Will Ferrell, Akon... Acreditem a lista continua... Enfim, o céu é o limite para os Lonely Island. O que eu mais gosto, em termos de comicidade, nos Lonely Island é aquele ar geek badass que eles têm. Mesmo do género: "sou ridículo, mas tenho buéda estilo". O que mais gosto musicalmente dos Lonely Island é as produções brutais que têm. As músicas são muito bem produzidas, não é propriamente nenhum beat feito às três pancadas. É uma recomendação que vos faço, verem os videos destes meninos, provavelmente já muitos os conhecem em videos como "Jizz In My Pants", "I'm On A Boat" ou "Dick In A Box". Vou deixar aqui o novo video deles com o Akon chamado "I Just Had Sex". Vou deixar aqui uma nota: se eu tivesse feito sexo com a Blake Lively ou com a Jessica Alba também fazia uma música e ia para a rua cantá-la... just sayin'.



Passando aos outros, que pessoalmente são os que gosto mais, os Flight of the Conchords são dois Neozelandeses, Bret McKenzie e Jemaine Clement, e como tal, começaram devagarinho até alcançarem o estrelato. Uma verdadeira conquista geográfica até, primeiro o seu país, com algumas aparições televisivas, depois a Austrália, com muitos espectáculos e só depois o resto do mundo, com idas ao Letterman e a realização de uma série televisiva. Aqui confesso, não vi a série, mas o Crostas viu e diz que é das melhores comédias que já viu. Por isso, se tiverem naquela fase em que já não há séries para ver, vejam Flight of the Conchords. No entanto, já vi e revi muitos vídeos deles e digo-vos: AWESOME! Já me ri sem parar a ver vídeos deles. Acho as músicas que eles fazem para a série razoáveis, mas as performances ao vivo são simplesmente brutais. Sem dúvida que foram essas performances que lhes deram aquele estatuto de culto que eles agora têm. Até já apareceram nos Simpsons. Estes duvido que tenham visto muito, porque não são tão mediáticos, por isso recomendo-vos.
Estou indeciso, por isso vão duas músicas. A primeira chama-se "Business Time" e fala sobre aquela coisa que todos gostamos de fazer (desculpa Crostas, sei que ainda não sabes o que é, mas um dias hás-de conseguir). A segunda chama-se "Hiphopopotamus vs. Rhymenoceros" e é uma battle de hip-hop simplesmente linda. Enjoy!





Se não se riram em nenhum dos vídeos é porque não têm sentido de humor! Pelo menos as minhas dores de cabeça passaram!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Coldplay - Everything's Not Lost

São 6h45 da manhã e vou aproveitar que não tenho sono, para escrever alguma coisa hoje. Não tenho escrito muito, testes e exames têm-me ocupado esse tempo. Sou um eterno preguiçoso, mas vou tentar compensar o excesso de vezes que cocei a micose para ver se faço umas quantas cadeiras. Mas centrando-me no tema música, venho aqui dizer que a luta dos festivais está animadita. Apesar de tudo, continuo a achar que o Super Bock Super Rock está a ganhar. No entanto, o Alive anunciou hoje outro nome que muito provavelmente me vai fazer largar 90 euros da carteira. Uma banda adorada e odiada, respeitada e criticada, original e "plagiadora"... Hoje em dia já não é muito cool para a malta jovem gostar deles, mas são uma das bandas da minha pré-adolescência e digo sem problemas que oiço Coldplay.


Todos conhecem Coldplay. Sempre tentei evitar falar de bandas que toda a gente conhece a sua história, porque não vale a pena estar a dar algo que encontram em qualquer sítio. Em qualquer lado vêem textos sobre os Coldplay. Em qualquer rádio já passaram todos os êxitos de cada álbum: desde a "Yellow" do Parachutes, à "Clocks" do A Rush of Blood to the Head, à "Fix You" do X&Y e à "Viva La Vida" do Viva La Vida. Em qualquer revista cor-de-rosa já apareceu um artigo do Chris Martin e da Gwyneth (escrevi bem à primeira :D) Paltrow. São alvos de muito ódio e muita crítica, mas quer as pessoas queiram ou não, são, nos dias de hoje, e apesar da relativamente curta discografia, das bandas mais influentes na cultura pop e vendem o seu produto a um ritmo enorme apesar da queda da indústria discográfica.
Comparam-nos com muita coisa, chamam-lhes imitadores de muita coisa e acusam-nos de plágio por muita coisa. Eu sei que gostar de Coldplay é o mesmo que ser gay (Virgem aos 40 e tal), mas continua a ser-me indiferente todas as críticas que lhes fazem. Acho que não é qualquer um que cria uma "Clocks" ou canta primorosamente uma "In My Place", mas mesmo assim não os considero nenhuns génios, nem acho que tenham quebrado qualquer tipo de barreira artística, mas todo aquele tom épico das músicas, a voz do Chris Martin (para mim nada irritante) e a guitarra minimalista, fazem dos Coldplay uma das bandas que mais ouvi na minha vida e os criadores de um dos álbuns da minha vida, o A Rush of Blood to the Head, por isso tenho de meter uma música desse álbum. Vai ser um single, não dos mais conhecidos, a "God Put a Smile Upon Your Face". O video tem a curiosidade de o actor principal também ter entrado no video dos Arctic Monkeys "Leave Before The Lights Come On". Desculpem a merda dos anúncios, mas o youtube não me deixava incorporar o vídeo no blog!



Hoje em dia talvez não os oiça tanto, os gostos vão mudando, os tempos vão passando e algumas coisas ficam na prateleira. Mas por vezes tiro-lhes o pó e recordo-as. Nada me põe mais bem disposto que uma "Clocks", o riff da "Trouble" salta-me ao ouvido e vejo-me logo a tocar num piano invisível, o final orgásmico da "Fix You" leva-me ao êxtase e podia estar aqui mais tempo a enumerar músicas que me ficaram na memória. Neste ano, vão lançar o seu quinto álbum e eu espero ansiosamente por mais hinos da cultura pop.
A música de hoje não vai ser um single. Não vai ser uma das já mais que badaladas músicas da banda, mas é para mim uma das músicas mais fortes dos Coldplay e uma das minhas preferidas. Um riff simples mas lindo, uma voz perfeita e um piano à la Coldplay. É para mim a "Hey Jude" (blasfémia) deles. Chama-se "Everything's Not Lost", é do Parachutes, e espero vivamente que a voltem a incluir na Tour deles para a poder ouvir ao vivo, como no video que vos meti!



Podia pôr aqui uma relíquia que era o Diogo a tocar a "Don't Panic", mas achei que ele ia ter vergonha eheh!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Fart Simpson Band


Querido blog,
Fart Simpson Band é uma banda PORTUGUESA, que começou nos anos 90 em Azeitão com os nomes Joca, Miguel e Paulo. Eu descobri isto por meio dum colega meu que é o Antonio, baterista de Julie and The Carjackers, banda onde Joca, (que pelo que percebo tem como instrumento a bateria desculpem a ignorância) é vocalista, guitarrista e compositor. Quem ainda não ouviu falar de Julie and The Carjackers, eles são uma das melhores coisas a acontecer na música "portuguesa" neste momento e esperem noticias deles muiito em breve. Mas um próximo post já está reservado para eles. Hoje vim falar dos Fart Simpson Band. Fart Simpson Band tocam rock alternativo, com influências, de Pixies, Sonic youth, Pavement, Breeders, Nirvana (90's) Stooges, entre outras. Eu citei estas bandas dos anos 90, muito também porque vi no myspace da banda. A verdade é que Fart Simpson Band é para mim uma banda original. Eu tenho uma opinião um bocado small minded em relação á musica portuguesa, a verdade é que a maior parte da música portuguesa que oiço, as bandas que estão na berra etcetera, parecem-me uma recriação qualquer de bandas que já existem fora do nosso país, o que me faz pensar que somos um bocado atrasados, desculpem, mas não acreditem em mim porque eu não sei nada. Esta conversa toda para vos dizer que Fart Simpson Band é portanto para mim uma banda não portuguesa no bom sentido da palavra, se eu tivesse acesso a Fart Simpson Band eu iria ouvir, simplesmente porque as músicas são muito bonitas, e não porque são os Weezer, ou os Pixies "portugueses". Letras irónicas, adolescentes, ás vezes non-sense, com personagens ficticios como a Mrs. Ochoa ou sobre brinquedos como a faixa Playmobil. Rock com grande sensibilidade pop, com vários elementos noisy, a bateria bem rock de Joca (?), a sua voz com o tom "everything sucks" um pouco apática (geração x), o uso de efeitos simples na voz, back vocals punk como na música "Motorway" fazem Fart Simpson Band, uma das bandas portuguesas mais interessantes de todos os tempos.(ya)
Não sei quantas destas músicas foram escritas na adolescência destes treês músicos, mas penso que foram regravadas agora, e o projecto não acabou. Se alguém envolvido no projecto por acaso ler este post lambe-botas (António) faço-vos um pedido enquanto fã e peço mais musicas e concertos !
Enfim, algumas das músicas estão AQUI.
Outras AQUI.
Eu vou-vos deixar com o power pop de "Shame" uma das minhas preferidas !

Vou deixar um clássico: Apoiem a musica portuguesa lole.




Ps : videos (y)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Blur - Song 2

No futebol não preciso de dizer mal do Messi só porque prefiro o Ronaldo. São os dois bons. E na música? Vocês não se fartam daquelas guerras irritantes entre bandas? E ainda por cima gostam das duas e não conseguem escolher um lado? O principal problema é esse. Não escolham um lado, abracem os dois, mesmo preferindo um a outro. A banda de que vou falar hoje teve claramente das guerrinhas mais intensas da história da música moderna. Calma metaleiros, Megadeth vs Metallica continua a ser a principal, apesar de eles já serem amigos. Nas terras de Sua Majestade, os irmãos Gallagher insistiam em chatear o Damon Albarn e a sua banda e tanto insistiram que lá conseguiram com o (What's the Story?) Morning Glory. Um álbum brutal, que teve sucesso astronómico e meteu toda a gente com as palavras "Today is gonna be the day..." debaixo da língua de toda a gente. O problema foi a exagerada insistência. Alguém dá grande interesse aos últimos 4/5 álbuns dos Oasis? E a discografia dos Blur? Não é uma demonstração de consistência e mutação constantes? Bem, o artigo de hoje é sobre os Blur.


Os Blur começam a carreira em 1991, quando eu nasci, com um Leisure que demonstra as influências dos The Stone Roses e do shoegazing, na banda. Foi bem aceite no inicio, mas inexplicavelmente criticado no fim. Continuam em 1993, e calam essa crítica, com o Modern Life Is Rubbish que os faz percorrer o mundo em digressões e onde demonstram que apesar do sucesso que tiveram com o primeiro álbum, ainda conseguem fazer mais e melhor pop. Não chega ainda para os críticos? Em 1994, ainda sem os Oasis na corrida para melhor banda de Britpop, lançam Parklife, que contém um dos seus hits "Girls & Boys", e confirmam o estatuto de máquina de fazer pop. Com os polémicos irmãos Gallagher já metidos ao barulho, inicia-se a Batalha do Britpop, em 1995, entre o fenomenal The Great Escape e o recordista de vendas (What's The Story?) Morning Glory. Os Blur ganham o primeiro assalto, com o seu single "Country House" a ser colocado à venda no mesmo dia de "Roll With It" dos Oasis, e a vender mais unidades. No entanto, a arma secreta dos Oasis, "Wonderwall", fê-los vender milhares de unidades, destronando assim os Blur. Até aqui faço só um reparo: isto parece tudo uma guerra, alimentada por ambos (sem dúvida), mas os Blur não teciam normalmente muitos comentários, ao contrário dos irmãos Gallagher que inclusivé disseram: "Espero que os Blur apanhem SIDA e morram". Sei que já estou a fazer o que não devia, mas acreditem, gosto muito de Oasis, tenho pena é que eles tenham ficado parados no tempo.



Prova dessa paragem, foi os seguintes trabalhos das bandas: enquanto os Oasis deixaram de ter o relevo que tinham, os Blur foram mudando e dando mais seriedade a cada trabalho com álbuns bons como "Blur (com a música mais conhecida dos Blur, "Song 2" e o "Woo-ooo" mais conhecido do mundo) e como "13" bastante aclamado pela crítica, com músicas muito fortes como "Tender" e "Coffee & TV" (meti em cima, vejam é um video muito porreiro). A banda fecha a sua discografia e a sua actividade em 2003, com Think Tank, continuando a constante mutação, sempre com o seu cunho marcado nas músicas. Após a separação, o Damon Albarn continua a fazer o que faz melhor música e da boa. O seu interesse pelo Hip-Hop fá-lo criar a primeira banda virtual do mundo, os Gorillaz e leva-os ao estrelado. Os Blur estão também nomeados para os Grammys 2011 para "Best Long Form Music Video" (não me apetece traduzir), com o documentário No Distance Left To Run.
Para finalizar digo-vos que oiçam Blur e saquem a discografia ou se forem preguiçosos e só gostarem de ouvir hits, saquem o Best Of (torrent aqui), que até tá porreiro!
A música de hoje é, inevitavelmente, a Song 2. Não preciso de muita apresentação desta música, por isso enjoy! (Apetece-me jogar FIFA 98 agora)



Sei que não fui muito simpático com os Oasis. É só a minha opinião, não levem a mal. Qual é a vossa opinião no assunto?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Justice - DVNO

Vocês têm noção que o artigo dos Daft Punk, na última semana, teve mais visitas que outro qualquer artigo? E têm noção que ele foi escrito há quase um mês? Ou seja, do nada, tornou-se o artigo mais visto do blog! Vocês gostam mesmo de french electronica... Por issoooo, como ultimamente tenho optado por artigos mais pequenos, aqui o vosso amigo e blogger preferido, vai escrever sobre a 2ª melhor banda gaulesa deste estilo: os dancefloor fillers Xavier de Rosnay e Gaspard Augé, ou melhor, os Justice!


(Adoro a foto!) É inegável uma comparação dos Justice com os Daft Punk: são dois, são franceses, são uma banda de electrónica e ambos conquistaram o mundo, cada um na sua época, enchendo pistas de dança e fazendo clips de uma originalidade brutal. Mas os Justice, conseguiram igualmente conquistar o seu espacinho, com um som característico, apesar de todas as comparações. São os meninos bonitos da Ed Banger Records e encabeçam em conjunto com outros projectos como Boyz Noise, Simian Mobile Disco, MSTRKRFT e Crookers, a explosão da música electrónica dos últimos anos.
Mostraram-se ao mundo com a música "We Are Your Friends", em conjunto com os Simian, cujo vídeo ganhou o prémio da MTV European Awards para Melhor Video de 2006 (destroçando "Touch The Sky" do Kanye West, o que não o deixou muito contente). O vídeo é muito engraçado e é uma bela demonstração do que pode acontecer se ficarem bêbados em casa das pessoas erradas.
O mundo aguardava, no entanto, um trabalho sério dos Justice e em 2007, lançam um dos álbuns mais aclamados pela crítica nesse ano. Claramente um marco para a música electrónica, (Cross), é um álbum muito bom. Uma excelente produção, 48 minutos non-stop, muita variedade de samples e de misturas de sons, a passagem de uma música para a outra é um pormenor delicioso, os singles são muito bem escolhidos e os video clips feitos para eles são muito fortes. Recomendo vivamente uma audição. Tem músicas fortes que toda a gente conhece: "D.A.N.C.E.", bem como outras menos conhecidas como "Stress" (vejam o vídeo, é brutal).
Os Justice lançaram um álbum ao vivo, à semelhança do Alive 2007 dos Daft Punk, mas uns furos abaixo, sem grandes misturas das músicas, sem grande novidade. Chama-se A Cross The Universe, mas não recomento muito, tem pormenores giros, mas acho demasiado mediano.


Também à semelhança dos Daft Punk, foram convidados para fazer uma música para uma apresentação de uma marca de roupa (Dior no caso dos Justice, Louis Vuitton no caso dos Daft Punk). A música chama-se Planisphère e tem 17 minutos divididos em quatro partes. É na minha opinião, mais um excelente trabalho do duo francês. As linhas de baixo, os teclados, os beats e as vozes encaixam perfeitamente, culminando numa parte final com um solo brutal. É um bocado complicada de encontrar, mas eu dou-vos o link. Se não quiserem sacar têm as quatro partes disponíveis no MySpace da banda.

Vou deixar aqui então a música que, apesar de não me ter iniciado nos Justice, é a que conquistou o lugar de minha preferida da banda. A letra é um elevador de ego, a música transpira aquilo a que chamamos pausa, a linha de baixo final é priceless e o vídeo é uma maravilha tipográfica! A música do clip é mais curta, por isso vejam também esta. Chama-se "DVNO", enjoy and do the Dance!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Bush - Speed Kills

Não tenho escrito muito amigos, mas hoje vim matar saudades desta minha actividade que já me fez abrir o coração vezes e vezes sem conta! Essencialmente tenho tido pouco tempo, mas pensando no objectivo claro deste blog - mostrar músicas que estiveram num dado momento bastante presentes na minha (nossa) vida - acho que não tenho desculpa. E hoje o artigo vai ser simples, simplesmente mostrar a música e falar (pouco) da banda. Até porque hoje afirmo-o, não sou fã da banda, conheço muito muito pouco, somente umas duas músicas. Tinha um vizinho meu que era absolutamente viciado neles, até fez um site, que infelizmente já tá down, se não metia o link aqui. A banda de hoje são os Bush.


Os Bush é uma banda que não me suscita assim grande interesse. Lançaram um primeiro álbum porreiro, Sixteen Stone, em 1994, ainda na ressaca da explosão do Grunge, obtendo daí muita da sua inspiração. Este álbum graças aos hits "Comedown" e, principalmente, "Glycerine" (esta é para ti Nani), deu algum spotlight aos Bush. Não é nada uma banda que encaixe bem nos meus gostos. No entanto, acho que é uma daquelas bandas perfeitas para quem gosta daquele rock à 3 Doors Down ou Puddle Of Mudd. Saliento também que um dos últimos (creio que até foi mesmo o último) concertos da banda foi em Portugal, em 2002. Boas notícias para os fãs dos Bush chegaram em 2010, anunciando um novo álbum em Fevereiro deste ano (2011).

Mesmo não gostando muito da sonoridade da banda, a música de hoje ficou-me na memória e continuo a ouvi-la com muita pica. Chama-se oficialmente "The People That We Love", tendo ficado esse o nome, devido ao original ser muito forte (vá-se lá saber porquê). Chamava-se "Speed Kills" (o que dá um ar mais rebelde à música) e eu prefiro chamar-lhe assim!


Bush - The People That We Love


Um colega meu do meu curso fez um vídeo para um concurso dos Royksopp, votem no clip dele neste link. É muito fácil, não custa nada, é só dar o mail e depois confirmar. Eles depois nem nos chateiam com mais mails! Vá ajudem aí o João, até porque ele provou que os informáticos também sabem escavar buracos :D

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bone Thugs-N-Harmony

Querido blog,
serve de espaço medio, entre eu e as visualizações deste blog, de maneira a que este link de youtube possa ser partilhado por mais cibernautas.

WIN

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

The Dillinger Escape Plan - Setting Fire To Sleeping Giants


Querido blog,
hoje lembrei-me dos Dillinger Escape Plan, acho que por ser inicio do ano, começamos a pôr as coisas em retrospectiva e lembrei-me que não há muito tempo, musicas como Setting Fire To Sleeping Giants eram das mais tocadas no meu ipod (fail, na realidade nao tenho ipod).
Portanto venho aqui partilhá-la rapidinho com vocês, mas ela não merece ser tratada como vagabunda, Setting Fire To The Sleeping Giants é uma música do album de 2004, Miss Machine dos DEP. É uma das músicas mais acessíveis do album, é bom para quem começa a ouvir DEP, a banda é conhecida pelos seus tempos matemáticos, o seu estilo metalcore, com muitos elementos experimentais e até de jazz, funk, etc...
Eu vou dizer que esta e a Horse Hunter do album Ire Works, são as minhas preferidas, esta música apresenta uma estrutura rock, com elementos metal e de jazz, o refrão é cativante e a produção cuidada, também tenho de dizer que isto é só virtuosos dos instrumentos e o vocalista parece um lutador de Wrestling. A letra faz o que deve, e não é nada de génio, como a Horse Hunter mas é boa lirica, percam tempo a percebê-la (lloll).
Vou partilhá-la aqui com vocês e desculpem a rapidez, mas ando meio apertado com a vida (que adulto que sou).

BOM ANO PARA TODOS OS QUE LÊM ESTE BLOG E PREPAREM-SE QUE ISTO VAI COMEÇAR A FICAR SÉRIO E VAI HAVER FESTAS E NÃO SEI QUÊS!

The Dillinger Escape Plan - Setting Fire to Sleeping Giants

domingo, 2 de janeiro de 2011

Los Hermanos - Anna Júlia

No artigo do Seu Jorge falei no vasto leque de sonoridades vindas do outro lado do Atlântico. E conforme vou ouvindo mais coisas, vou ganhando a certeza de que há coisas muito interessantes no Brasil. Lembro-me de ver um rapaz num fórum a defender a banda de hoje, dizendo que era um projecto que juntava enumeras sonoridades e tinha letras muito boas. Eu, conhecendo só uma música (e tendo em conta a música em questão), pensava que isso era impossível. Isto já vão uns 3 anos e nunca mais me lembrei do assunto, mas ontem, uma das visitantes deste blog, a Ana Relvão, mostrou-me a banda Little Joy. Imediatamente me lembrei de Fabrizio Moretti, baterista dos Strokes, mas uns segundos depois o nome Rodrigo Amarante veio-me à cabeça e a conversa do tal rapaz do fórum invadiu-me o pensamento. Fui sacar imediatamente a discografia da banda em questão: quatro discos compõem a discografia dos Los Hermanos.


Antes de mais, sei que é impossível dissociar Los Hermanos da música Anna Júlia, mas tentem por um bocado. Os mais eclécticos já devem estar a pensar o mesmo que eu pensei há uns anos atrás: "É impossível os Los Hermanos terem alguma coisa de jeito para ele estar aqui a falar". Mas quem ouviu, como eu ouvi, pode afirmar que a mistura de sons é constante. Têm um primeiro álbum, "Los Hermanos" lançado em 1999, com sonoridades Ska, uns ligeiros toques de hardcore, muito samba e umas letras muito fortes, com as quais me identifico muito. Para além de "Anna Júlia", ficaram-me na cabeça músicas como "Pierrot" (letra muito fixe, meto em baixo), "Azedume" e "Bárbara".

Los Hermanos - Pierrot by Diogo Martins

Depois de terem tido imensas vendas e ganho muitos fãs, os Los Hermanos não se deixaram levar pelo sucesso: apesar da editora pedir mais hits de rádio, a banda não cedeu à pressão e gravou o CD à sua maneira, levando o seu caminho sem qualquer influência de editoras. Confesso que esta atitude, não sendo inovadora, é algo que me faz apreciar ainda mais os Los Hermanos. Como tal, o segundo álbum, "Bloco do Eu Sozinho", lançado em 2001, vendeu pouco, mas tornou os Los Hermanos numa banda de culto no Brasil. A influência de sons tipicamente brasileiros aumenta, ou seja, temos mais samba e bossa-nova, a fundir-se com um rock à la Weezer e a melodias mais melancólicas do que no primeiro álbum. Músicas como "Retrato para Iaiá" (vou meter em baixo), "Fingi Na Hora Rir" e "Todo o Carnaval tem Seu fim" marcaram-me especialmente.

Los Hermanos - Retrato Pra Iaiá by Diogo Martins

Em 2003, lançam "Ventura" e viram-se para o Lo-Fi, expondo muito bem o amadurecimento da banda. A voz está cada vez melhor, as músicas mais trabalhadas, sem, no entanto, descolarem-se totalmente daquela sonoridade típica à Los Hermanos. Vou cada vez mais gostando e admirando a capacidade de tentarem sempre fazer coisas diferentes, mantendo sempre o carimbo da banda em cada música. "Samba A Dois", "Cara Estranho", "Conversa de Botas Batidas" e "Deixa o Verão" são belas canções provenientes deste trabalho dos Los Hermanos.

O último álbum da banda, "4" lançado em 2005, está mais fraquinho. A componente rock é mais reduzida, dando espaço a sonoridades mais relacionadas com música popular brasileira. Não que isso seja mau, mas não é o que espero dos Los Hermanos. Gosto particularmente de músicas como "Morena" (riff porreirito) e "Horizonte Distante".

Resumindo: o meu preconceito para com os Los Hermanos era completamente errado, fiquei a gostar bastante da banda e acho que merecem uma audiçãozinha por parte dos Boutiquers! Oiçam os 2 primeiros álbuns que acho que são os melhores!

Vou deixar aqui o hit "Anna Júlia" para matarem saudades! :D

sábado, 1 de janeiro de 2011

MC5 - Kick Out The Jams

Vamos lá dar a entrada do blog no novo ano. Isto de ser blogger deve ser das poucas coisas que não aumentou de preço em 2011, por isso há que aproveitar! FELIZ ANO NOVO Boutiquers! Espero que, agora, estejam bem: gurosan tomado, comidinha no estômago e ressaca leve depois de uma noite cheia de excessos! Mas mesmo com esses excessos, o que é que, para além do álcool esteve sempre presente? A música claro está! E nestas alturas de festa e comunhão, as músicas que a malta quer ou é o chamado Puntz Puntz, ou clássicos do rock. Como tal, hoje vão levar com um clássicozinho, mas ligeiro. Vou falar de uma banda que teve em actividade nos fins dos anos 60 e início dos anos 70. Uma banda que influenciou, e muito, a explosão do punk feita por Ramones, Sex Pistols e The Clash.


Os MC5 são das bandas mais esquecidas quando se fala nestas bandas clássicas. Como disse acima, as letras anárquicas e caóticas dos MC5, meteram-nos nas posições da frente do movimento punk. No entanto, nota-se ainda a fase de transição das sonoridades mais psicadélicas e hard-rock, tão características daquela altura, para a tal sonoridade mais punk em que as outras bandas pegaram. Ou seja, os MC5 não sabiam só 3 acordes: também sabiam fazer as suas coisas giras na guitarra. Sempre com uma energia contagiante e um power que conferia à música o sentimento de raiva do punk.
Os MC5 têm uma discografia curta, por isso se quiserem saquem o Best Of que se chama "The Big Bang!: Best of the MC5". Se forem viciadinhos como eu e gostam de ter as coisinhas todas saquem o Kick Out The Jams e o Back in The USA que são os álbuns que recomendo dos MC5. Divirtam-se com esta banda, é rock 'n' roll puro: som alto, enérgico, fácil de ouvir e com muitos elementos de hard rock, psicadélico e blues.

A música de hoje é a música mais famosa dos MC5, que já foi tocada vezes e vezes sem conta por outras bandas e, talvez a versão dos Rage Against The Machine vos seja mais familiar. Na verdade, é também a razão pela qual hoje faço um artigo de MC5. Chama-se "Kick Out The Jams" e...

"right now, right now, right now, it's time to... KICK OUT THE JAMS MOTHERFUCKER!"



Desculpem as baldas, mas tá a chegar uma altura de muito trabalho na faculdade! E já agora, o blog fez dia 28 de Dezembro, 1 mês de idade! :D