sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Blur - Song 2

No futebol não preciso de dizer mal do Messi só porque prefiro o Ronaldo. São os dois bons. E na música? Vocês não se fartam daquelas guerras irritantes entre bandas? E ainda por cima gostam das duas e não conseguem escolher um lado? O principal problema é esse. Não escolham um lado, abracem os dois, mesmo preferindo um a outro. A banda de que vou falar hoje teve claramente das guerrinhas mais intensas da história da música moderna. Calma metaleiros, Megadeth vs Metallica continua a ser a principal, apesar de eles já serem amigos. Nas terras de Sua Majestade, os irmãos Gallagher insistiam em chatear o Damon Albarn e a sua banda e tanto insistiram que lá conseguiram com o (What's the Story?) Morning Glory. Um álbum brutal, que teve sucesso astronómico e meteu toda a gente com as palavras "Today is gonna be the day..." debaixo da língua de toda a gente. O problema foi a exagerada insistência. Alguém dá grande interesse aos últimos 4/5 álbuns dos Oasis? E a discografia dos Blur? Não é uma demonstração de consistência e mutação constantes? Bem, o artigo de hoje é sobre os Blur.


Os Blur começam a carreira em 1991, quando eu nasci, com um Leisure que demonstra as influências dos The Stone Roses e do shoegazing, na banda. Foi bem aceite no inicio, mas inexplicavelmente criticado no fim. Continuam em 1993, e calam essa crítica, com o Modern Life Is Rubbish que os faz percorrer o mundo em digressões e onde demonstram que apesar do sucesso que tiveram com o primeiro álbum, ainda conseguem fazer mais e melhor pop. Não chega ainda para os críticos? Em 1994, ainda sem os Oasis na corrida para melhor banda de Britpop, lançam Parklife, que contém um dos seus hits "Girls & Boys", e confirmam o estatuto de máquina de fazer pop. Com os polémicos irmãos Gallagher já metidos ao barulho, inicia-se a Batalha do Britpop, em 1995, entre o fenomenal The Great Escape e o recordista de vendas (What's The Story?) Morning Glory. Os Blur ganham o primeiro assalto, com o seu single "Country House" a ser colocado à venda no mesmo dia de "Roll With It" dos Oasis, e a vender mais unidades. No entanto, a arma secreta dos Oasis, "Wonderwall", fê-los vender milhares de unidades, destronando assim os Blur. Até aqui faço só um reparo: isto parece tudo uma guerra, alimentada por ambos (sem dúvida), mas os Blur não teciam normalmente muitos comentários, ao contrário dos irmãos Gallagher que inclusivé disseram: "Espero que os Blur apanhem SIDA e morram". Sei que já estou a fazer o que não devia, mas acreditem, gosto muito de Oasis, tenho pena é que eles tenham ficado parados no tempo.



Prova dessa paragem, foi os seguintes trabalhos das bandas: enquanto os Oasis deixaram de ter o relevo que tinham, os Blur foram mudando e dando mais seriedade a cada trabalho com álbuns bons como "Blur (com a música mais conhecida dos Blur, "Song 2" e o "Woo-ooo" mais conhecido do mundo) e como "13" bastante aclamado pela crítica, com músicas muito fortes como "Tender" e "Coffee & TV" (meti em cima, vejam é um video muito porreiro). A banda fecha a sua discografia e a sua actividade em 2003, com Think Tank, continuando a constante mutação, sempre com o seu cunho marcado nas músicas. Após a separação, o Damon Albarn continua a fazer o que faz melhor música e da boa. O seu interesse pelo Hip-Hop fá-lo criar a primeira banda virtual do mundo, os Gorillaz e leva-os ao estrelado. Os Blur estão também nomeados para os Grammys 2011 para "Best Long Form Music Video" (não me apetece traduzir), com o documentário No Distance Left To Run.
Para finalizar digo-vos que oiçam Blur e saquem a discografia ou se forem preguiçosos e só gostarem de ouvir hits, saquem o Best Of (torrent aqui), que até tá porreiro!
A música de hoje é, inevitavelmente, a Song 2. Não preciso de muita apresentação desta música, por isso enjoy! (Apetece-me jogar FIFA 98 agora)



Sei que não fui muito simpático com os Oasis. É só a minha opinião, não levem a mal. Qual é a vossa opinião no assunto?

1 comentário:

  1. Blur é das bandas que mais anseio ver ao vivo, e penso que já esteve mais complicado, ao que parece vão voltar já este ano .

    O documentário No Distance Left To Run, no qual é o concerto no hyde park, está altamente, aconselho vivamente.

    A Song 2, penso que a enjoei de a tanto ouvir

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