sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Wu-Tang Clan - Tearz



Querido blog,

tinha eu 3 anos quando foi posto á solta o album mais perigoso e influente do hip hop como o conhecemos hoje em dia. Enter the Wu-Tang (36 Chambers), viu a luz das lojas, e dos casacos dos vendedores de mixtapes em 1993.
Como diz o meu migo Martins é muito relativo eu estar aqui a falar do melhor grupo de hip-hop de sempre, que lançou aquele que é para mim um dos marcos da musica contemporanea, tal como
OK Computer, o fez para talvez numa esfera mais ampla do mundo musical, Wu-Tang Clan com este 36 Chambers mandou o Djing, o sampling, o rap para outro nível. Tudo no album é cuidadosamente produzido, fazendo da voz de Ol' Dirty Bastard, supostamente anti-musical, uma marca, um gigante do flow, mostrando que não é preciso saber cantar para transimitir uma mensagem artistica, isto claro sempre com grandes samples e letras vindas do fumo da cannabis, dos filmes de kung-fu e da street.
Se nunca ouviram o album, além de ter pena de vocês, digo para ouvirem o mais depressa que puderem pa salvarem a vossa alma.

A música que vos trago hoje é uma preferida da minha pessoa, Tearz, uma música sobre duas histórias, a morte do irmão de RZA (não sei se é verdade ou não) e outra sobre SIDA cantada pelo Ghostface (ya Valete, Roleta Russa = Plágio). A música tem o melhor sample do album tirado da música After Laughter (Comes Tears) da Wendy Rene (linda) e começa a impor os tão conhecidos "hooks" no hip hop, os refrões que nos deixam agarrados à musica normalmente tirados de grandes hits ou super-pop !

After laughter comes tearz
Wu-Tang Clan - Tearz

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Queens of The Stone Age - In My Head

Ainda hoje tive a falar com o Crostas sobre este vosso espaço de reflexão musical. Porque não artigos de Led Zeppelin, Beatles ou Pink Floyd? Falar de bandas mais que consensuais serve para quê? Tudo o que tinha de ser dito já foi dito várias vezes e, precisamente por isso, nos precavemos de escrever baboseira sobre eles. Agora vocês dizem: "Então porquê Coldplay, Blur ou Eminem?". A resposta é simples: apesar de isto ser uma cena maioritariamente de partilha, também gostamos de dar a nossa opinião, a nossa alfinetada, gostamos de defender música onde vemos algum mérito e qualidade. E hoje vou fazer o mesmo, vou falar de uma banda já muito conhecida (nem que seja pelo nome sonante), adorada por alguns, menosprezada por outros e odiada por quem não gosta das atitudes do vocalista: os Queens of the Stone Age.


Os Queens of the Stone Age já sofreram muitas mutações, uns foram despedidos, outros saíram porque, infelizmente, a vida já não queria nada com eles, outros como o Troy Van Leeuwen dos A Perfect Circle ou a besta Joey Castillo, baterista dos Danzig, entraram na banda já depois de alguns álbuns lançados. Também já convidaram muita gente entre eles o engraçado Jack Black, Dave Grohl, Billy Gibbons dos ZZ Top e Mark Lanegan dos Screaming Trees. Mas as constants são o ginger Elvis, o rei do deserto, Josh Homme e o seu auto-denominado robot rock por causa das canções girarem à volta de um riff repetido ao longo delas.
Ultimamente tenho andado viciado neles. Os seus singles sempre foram parte muito activa nas minhas playlists. Go With The Flow com o seu ar melancólico e ao mesmo tempo rockeiro, No One Knows com um dos riffs mais característicos de sempre, In My Head que me faz sempre lembrar os tempos de Need For Speed e Sick, Sick, Sick que me lembra sempre o negro videoclip. São músicas que estão na minha cabeça e conheço-as de trás para a frente. Mas até há pouco tempo, não tinha ouvido muito os seus álbuns na íntegra. Após ouvir mais coisas com atenção, juntei rapidamente a estas músicas outras como Make It Wit Chu, um hino ao sexo, The Lost Art Of Keeping a Secret e, a famosa lista de compras, Feel Good Hit of the Summer. O grau do vício foi aumentando e eu a querer ouvir mais, até que, saiu uma notícia que dizia que os Queens Of The Stone Age iam tocar na sua tour, músicas do seu primeiro álbum, lançado em 1998. Fui ouvi-lo... Até então, nunca percebia as pessoas que diziam que tinha as músicas tinham um cheirinho a deserto. Com o primeiro álbum, homónimo, percebi isso. Sem nunca ter ido ao deserto norte americano (aqueles com caveiras de búfalos), fez-me lembrar exactamente isso e, citando um fã: "Só me imaginava com o depósito do carro cheio a fazer a Route 66". Em 2001, lançam o fortemente aclamado pela crítica Rated R (não, não tem nada a ver com a Rihanna). Ganharam grande reconhecimento com este álbum, muito graças à Feel Good Hit of the Summer. É um álbum com uma melhore produção e arranjos, com o toque a deserto mais suavizado, um pouco mais pesado, não no sentido músical, mas sim num sentido de relaxamento. O terceiro registo e pessoalmente o meu preferido, chama-se Songs For The Deaf e é lançado em 2002. É o que os QOTSA fizeram mais próximo daquilo que se pode chamar um álbum conceptual: todo ele gira à volta da viagem entre Los Angeles e Joshua Tree (cidade onde nasceu Josh Homme) e isso é demonstrado pelo engraçado pormenor da transição de uma música para outra ser feita através da emissão de rádio, um pouco ao estilo do Próxima Estación... Esperanza do Manu Chao. É um álbum que tem aquelas músicas que toda a gente gosta dos QOTSA: No One Knows e Go With The Flow que deixo ali em baixo, bem como outras músicas fortes como a First It Giveth e a fenomenal Song For The Dead, que recomendo vivamente para o pessoal mais hardcore, vejam esse video: BEST. INTRO. EVER!



Prosseguem a carreira com o Lullabies to Paralyze que, apesar de eu pessoalmente não o amar, tem uma das músicas que gosto mais deles, se não a que gosto mais, In My Head. É, no entanto, um álbum porreiro que continuou a dar-lhes reconhecimento da crítica e do público. Até aqui, sempre foram constantes: lançavam álbuns ainda um pouco (não muito) longe da perfeição, mas com 3 ou 4 músicas absolutamente geniais.
Em 2007, com o lançamento de Era Vulgaris, decidiram mudar um pouco mais a sonoridade. Isto leva, como sempre, à separação de opiniões da crítica. Até aqui, reuniam algum consenso, mas após este álbum a crítica divide-se. O que é certo é que o álbum é mais negro, com uma sonoridade mais pesada comparativamente aos outros. É um álbum estranho e, para mim, um tiro ao lado na carreira dos QOTSA. Não é mau, mas também não é bom. É banal. Mas o experimentalismo é de louvar, se bem que o Homme podia continuar a fazer isso nas Desert Sessions.

Conclusão, os QOTSA não fazem álbuns geniais, mas fazem canções geniais (oiçam mesmo algumas das que meti aqui) que já os fez entrar no conhecimento do público em geral. Oiçam-nos, principalmente ao vivo (mas não mandem garrafas ao Homme se não acontece o que aconteceu no Norwegian Wood) pois acho-os fortíssimos, apesar de uma ou outra canção ser melhor em estúdio. Vou deixar-vos aqui com uma música que também o Crostas gosta muito e ando viciado a tocá-la na guitarra! Chama-se In My Head, tem uma letra porreira, é muito simples, mas acho-a bem tranquila de se ouvir. Enjoy!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Saviours - Into Abaddon


Querido blog,
a minha nova banda preferida:

"Saviours are a heavy metal band from Oakland, California in the United States. We formed in September 2004 and have released three albums and five EPs and we have played some shows in 21 countries on Earth. We are influenced by many types of metal, from proto to NWOBHM to black and lots in between. This blog will become our primary outlet of information on the internet as we try to withdraw from Myspace and civilization in general. Contact us at: killforsaviours@gmail.com"

Dizem eles, aqui, poupando-me trabalho a escrever (preguiçoso).
Lançaram em 2009 o Accelarated Living (grande album) não tão bem recebido pela critica dita alternativa, por se distanciar um bocado mais do aclamado Into Abaddon, pela sua rapidez, distorção mais crunchy e thrash e menos sludge. No entanto eu venho-vos falar do Into Abaddon que é o que não me sai dos ouvidos desde ontem. A primeira vez que o ouvi foi talvez o ano passado, por esta altura (o album é de 2008), e embora tivesse gostado de grande parte dos riffs nunca lhes dei a atenção devida, até ontem.
Into Abaddon é o metal do passado presente e futuro. Tal como os Mastodon, Saviours são influenciados pelo stoner dos Melvins, o Heavy Metal dos Iron Maiden, Motorhead e Metallica, enfim os clássicos com cheirinhos de punk pelo meio e prog rock. No entanto se os Mastodon apenas neste ultimo Crack The Skye se aplicaram mais nos solos, estes rapazes da Califórnia começaram com as guitarras espacias desde o inicio, este album começa com riffs bem sludgy's mas lá para o meio começa-se a notar muito psicadelismo, tanto a nível de produção como a nível musical, as minhas faixas preferidas, Firewake Angel e Inner Mountain Arthame apresentam vários momentos de psicadélia, no entanto misturados com sludge e muitos elementos de NWOBHM, isto gera nada mais nada menos que brilhantismo riffal, e solar, aconselho vivamente este album bem como os outros e os vários EP's que a manda tem lançado ao longo do tempo (embora ainda só tenha ouvido um deles).
Partilho-vos aqui o Into Abaddon porque é aquele que se consegue entrar mais facilmente ao inicio, visto isto não ser um blog de metal e eu estar neste momento a dar ênfase ao género, espero mesmo que gostem, e dêm feedback, para eu saber se devo continuar com estas coisas de homem ou não.
Estou a brincar, para as meninas, a guitarrista de Kylesa (génia) é muitas vezes vista com camisolas de Saviours em palco, será que os papa? Gossssiip

Saviours - Firewake Angel by Diogo Crostas


LINK

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Danger Mouse & Sparklehorse - Dark Night of The Soul

Prometido é devido. Depois de um fim de semana para festejar isto das férias, chega a segunda-feira e vou escrever um artigo. O mundo da música não parou, mas nós parámos um bocado. Ainda ontem tiveram a entregar os Grammy's e, se me permitem, vou só desabafar um bocadinho: sou o único a achar que os Them Crooked Vultures não deviam ganhar nada? Atenção, eu gosto de Foo Fighters, Queens of The Stone Age, Kyuss, Nirvana, Led Zeppelin e muitos mais projectos do Dave Grohl, do Josh Homme e do John Paul Jones... Mas sinceramente, acho o álbum demasiado mediano (e não mau) para ter tido o mediatismo que teve. A produção parece amadora, as músicas não são nada de especial e para o elenco que estava lá, esperava-se muito mais. Os Pearl Jam estavam nomeados para uma categoria qualquer com o Backspacer. Mais uma vez, adoro Pearl Jam, mas o Backspacer?! Para finalizar, os Iron Maiden ganharam o grammy de melhor Metal Performance com o El Dorado... Bem, mas a música é uma arte e cada um avalia como quer, até porque eles percebem mais disto do que eu! Concordam, discordam? Deixem aí um comentáriozinho.


Voltando ao artigo, vou partilhar com vocês um álbum que tem uma música que eu meti no meu top 20 do ano passado. O álbum é encabeçado por dois músicos: Danger Mouse e Sparklehorse. O primeiro ganhou ontem um merecido Grammy de melhor produtor (sim, também há prémios merecidos), trabalhou com Gorillaz, The Black Keys, Beck e fez parte da dupla Gnarls Barkley; o segundo é um géniozinho do indie já falecido que o Crostas há tempos vos falou. O álbum chama-se Dark Night Of The Soul e tem a particularidade de ser um álbum de colaborações, no sentido em que Danger Mouse e Sparklehorse compuseram as músicas e convidaram vários artistas para as cantar. Entre os convidados estão: Julian Casablancas dos Strokes, Black Francis dos Pixies, Iggy Pop, Suzanne Vega e o mestre do suspense David Lynch, que é fortemente associado a este projecto, pois também fez todo o artwork do álbum. É um álbum porreiro, nada do outro mundo, mas ouve-se todo muito bem. Em algumas músicas, são os próprios cantores a dar o toque final, o power que a canção precisava, como é o caso da Little Girl com o Casablancas ou a Pain com o Iggy Pop, noutras a voz feminina dá-nos tranquilidade como na The Man Who Played God com a Suzanne Vega, noutras a conjugação das duas é impecável, como na Revenge com o Wayne Coyne dos Flaming Lips, ou na Angel's Harp com o Black Francis. Como vos disse, ouve-se muito bem, coisa que o Danger Mouse garante sempre, e tem muito boas malhas na guitarra, coisa na qual o Sparklehorse se encarregou muito bem. Recomendo não só pela a mistura de tanta estrela, mas porque tem canções muito fortes. Merece uma audição vossa, Boutiquers.

A música de hoje é, indiscutivelmente, a que meti no top. Uma percussão simples mas que nos faz mexer, um solo BRUTAL, a voz do Casablancas no seu melhor... enfim, tornou-se uma das minhas músicas de eleição rapidamente. Espero que vos toque pelo menos metade do que me tocou. Enjoy! RIP Sparklehorse.



Já agora, o Marcos recebeu o seu CD são e salvo. A foto está na nossa página do facebook! E já agora número 2, obrigado por serem encalhados e não estarem neste momento no cinema ou a jantar (ou a fod...) com os vossos cônjuges, mas sim a ler este artigo! :D Feliz dia de São Valentim.

Dia dos Namorados



Querido blog,
hoje para todos aqueles que não receberam uma prenda sequer eu vou dar duas prendas...duas músicas para aqueles que jantam sozinhos, tadinhos.

A primeira do mestre dos desgostos tem versos como:

"I know you can't believe
I could just leave it wrong
And you can't make it right
I'm gonna take off tonight
Into the night"

Kanye West - Heartless





A segunda do rei da depressão/singer-songwriter mais inovador e underrated (lol), mas com uma música de esperança:

Townes Van Zandt - Don't You Take It Too Bad



"And we just can't have that, girl
cause it's a sad, lonesome, cold world
and a man needs a woman
just to stand by his side"


Bom dia 14 de Fevereiro, isto hoje em dia é só bitches e assholes.

PS: Amo-vos a todos, estão sempre no meu coração

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Owen Hart - Earth Control


Querido blog,
Owen Hart, é uma banda Americana de Metal. Chequei-os no MetalSucks onde eles têm uma review do album Earth Control. Esta altura do ano é a minha altura de maior abertura ao Metal, lol, um género que está sempre no meu coraçãozinho de satan.
Owen Hart (o nome vem de um wrestler que morreu em directo a fazer uma performance) é uma banda que parece estar-se nas tintas, desde as letras das músicas ás....letras das músicas, visto que eles levam o resto muito a sério, tocam Metal, com influencias de Grindcore, Hardcore, Death Metal, Black Metal, enfim só coisas boas. Mas o que chama realmente a atenção neste album, além das capacidades técnicas de todos os seus elementos, são os riffs, os melhores riffs deste album (44 Black e Methlaham para mim, mas oiçam todos, há muito para descobrir) são épicos dignos de bandas como Black Dahlia Murder, Pantera ou até uns Slayer. Grande atenção vai também para os blast beats e os riffs Black Metal, tratados de outra maneira, encaixam muito bem no som da banda e dão uma nova visão ao panorama de géneros que torna o Metal tão famoso. Nomes das letras são muito giros como I Hate Myself and I Want To Die ou Fuck Morrissey, Fuck The Smiths, Fuck The Cure (Morrissey :vénia:)
Owen Hart são um mix de coisas boas, este album Earth Control abre muito bem 2011 e já me deixou viciado, há um mês que anda no meu mp3 !
Vou-vos deixar aqui link para a música 44 Black.


WADhsbjfdsfkasajs

Hail Satan \m/