terça-feira, 31 de maio de 2011

Zach Hill - Stoic Logic


Querido blog,
Zach Hill é um baterista de Sacramento, California, conhecido principalmente por ser o baterista da banda Hella uma das muitas bandas da pacific coast onde tocou.
Além de ser um dos bateristas mais unicos que o movimento underground independente criou, é tambem aristia visual...trabalhando com várias bandas.



No entanto a níveis de músicas, o Zach é assediado por bandas como Boredoms, Deftones, Wavves, pessoas como Omar Rodriguez-Lopez, entre outros nomes conhecidos do noise e do rock avant-garde (lol) americano.
Desde o fascinio do noise, aos ritmos punk, a estética mais lo-fi, e a influência do metal, Zach Hill torna-se portanto um dos músicos mais interessantes pra pessoas que como eu procuram o EXTRA ORDINÁRIO.
Aqui, no Diogo's boutique, e como ainda estou a renascer das cinzas que nem Fénix, vou partilhar convosco, que ainda lêm este blog uma musica do album Astrological Straits (2008) com uns efeitos bem melódicos e ritmos do prog ménes.

Obrigado pela paciência.

Beastie Boys - Make Some Noise

O outro Diogo é um merdas: agora só quer é skate e black metal. Por isso, quando eu for rico à pala disto vou receber mais. Mas enquanto ele está a fazer uma introspecção criativa, vou escrever mais um artigo para ver se ganho ritmo nisto. É o que eu digo: o hip-hop tá na moda. E hoje vão levar com mais! Mas hoje, para felicidade dos puristas e da malta Old School, vou falar de algo clássico. Um grupo que começou a tocar hardcore e punk, um grupo caucasiano a cantar rap (hip-hop blasphemy!) sem pinta nenhuma de thug, nem ar de mauzão, mas essencialmente um grupo de 3 rapazes com uma mente criativa suficientemente talentosa para juntar mundos opostos e conquistar fãs de música mais pesada. Trio de (agora) quarentões mais pausado e engraçado de sempre. Hall of Famers do Rock, do Hip-Hop e da música em geral. E o mais importante de tudo, foi terem sido eles a dar o nome à Boutique! É com muito prazer que vos escrevo hoje sobre Ad-Rock, MCA e Mike D, os Beastie Boys.


Longe vai o ano em que estes meninos começaram a dar os primeiros passos na música, ainda o meu irmão de quase 32 anos não era nascido. A explosão do punk e do hardcore influenciaram estes três nova iorquinos a enverdar por esse estilo de música, chegando mesmo a gravar e comercializar material antes de se mudarem para o hip-hop. Em termos de sucesso comercial e qualidade musical não podia ter sido melhor escolha: o primeiro trabalho sério dos Beastie Boys é o aclamadíssimo Licensed to Ill de 1986, que tem verdadeiros clássicos da história da música como "(You Gotta) Fight for Your Right (To Party!)" ou "No Sleep 'Till Brooklyn", e conta com a participação do monstro da produção, Rick Rubin. Continuaram a fazer história na música com álbuns como Paul's Boutique de 1989 (oi? onde é que já ouvi isto?), que começou tendo pouco sucesso, mas com a crítica a elevá-lo ao estatuto de obra-prima (e ainda hoje é considerado o melhor trabalho deles), acaba por ter bastante sucesso comercial.
A aventura dos Beastie Boys prossegue com uns álbuns comparativamente mais fracos: Check Your Head (1992) e To The 5 Boroughs (2004), que me deu a conhecê-los, com a música "Ch-Check It Out", que, por ter esse significado para mim, vou metê-la em baixo; e consolida-se com outros álbuns fortes: Ill Communication (1994), que tem como estandarte um dos melhores videoclips da história da música, "Sabotage", e Hello Nasty (1998), que nos mostra outro videoclip brutal "Intergalactic", mas tudo isto sem tirar aquele toque Beastie Boys absolutamente característico, que nos faz ouvir a sua forma de rappar e dizer logo: "Isto é Beastie Boys!".

Beastie Boys - Ch-Check It Out
Tags: Beastie Boys - Ch-Check It Out


Apesar das várias adversidades como a idade já avançada deles e o cancro que atacou o MCA, continuam ainda hoje a sua longa carreira, e lançaram este ano o álbum Hot Sauce Committee: Part Two. Devo dizer que o meu entusiasmo era enorme, tendo em conta todo o mediatismo que teve, em que muito ajudou o video de 30 minutos que fizeram para apresentar o álbum, que conta com actores "pouco" conhecidos do público como: Seth Rogen, Elijah Wood, Will Farrell, Jack Black, Susan Sarandon, Orlando Bloom ou Kirsten Dunst. Deixo-vos aqui o link.
Sobre o álbum, tenho a dizer que no geral gosto bastante. Há participações do Nas e da Santigold, o que, para mim, não é propariamente uma vantagem, porque o flow dos Beastie Boys é único e complatamente diferente de tudo, o que faz com que estes 2, principalmente o Nas, pareçam um pouco distante da música. Tem músicas excelentes como "Nonstop Disco Powerpack", "Funky Donkey" ou "Long Burn The Fire". É um álbum que continua na senda do experimentalismo tão presente ao longo da carreira dos Beastie Boys. Há rock, há hip-hop e.. há Beastie Boys. O mundo já sentia falta deles. Vou deixar-vos aqui o single "Make Some Noise" que me viciou muito rapidamente e tem um video clip muito fixe.



Moral da história é: gostava de ser um Beastie Boy!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mac Miller - Kool Aid And Frozen Pizza

Será que é desta que o nosso hiato vai parar? We'll see. O Verão tá a chegar e a música está sempre mais que presente, seja em festivais ou não. Vai sempre haver aquela canção que associas ao evento onde se apanhou alta tala, ou ao grupo que te acompanhou nas aventuras naquele sítio onde apanhaste alta tala, ou àquele amor de Verão com quem apanhaste alta tala. Porquê a constante presença de álcool? Porque estudos dizem que 95% dos jovens bebem álcool, e a fama sem proveito não tem piada. Continuando: neste momento, já apanhei um álbum que vai, de certeza, ser a minha banda sonora de Verão, porque, apesar de já o ouvir há algum tempo, só me imagino a ir a caminho da praia a ouvir este campeão. Um campeão apresentado a este que vos escreve pelos seus coleguinhas do IST, João Vieira e, principalmente, Pedro Teixeira. Um campeão mais novo que nós, um campeão que a única coisa que faz da vida é rappar e fumar aqueles cigarros mágicos. Um campeão chamado Mac Miller.


O Hip-Hop tá na moda, eu sei e desculpem lá qualquer coisinha, mas o Mac Miller refresca-nos o ouvido oferecendo-nos aquele hip-hop chillout, sem tiques de gangster, sem tiques de super estrela, porque como ele diz: "We're just some mother fuckin' kids!". Lembro-me que vos disse o mesmo em relação ao Drake, mas o Mac leva o seu hip-hop a um nível muito mais clean, mais tranquilo e, lá está, mais chillout. É um rapaz novinho, mas já tem muitas mixtapes aí espalhadas pela internet e muitos fãs espalhados pelo mundo. O que imediatamente me fascinou quando o ouvi pela primeira vez foi o uso de excelentes beats, positivos e serenos, e o óptimo flow que incute nas músicas. As letras falam de coisas simples da vida: raparigas, erva, roupa e o dia-a-dia de um jovem de 19 anos. Sem stresses, sem problemas, sem confrontos. Ouvi os trabalhos dele e sem dúvida digo que a evolução nota-se imenso: os primeiros trabalhos medianos, com os beats demasiado cheios de samples ou com uma sonoridade muito mais gangster, que apesar de resultar bem com outros, não acho que resulte muito bem com o Mac; e a penúltima, mixtape - K.I.D.S.: Kickin' Incredibly Dope Shit - com uma qualidade brutal e que evidenciam claramente as qualidades de que vos falei. Nesta mixtape, a personalidade junkie do Mac Miller aparece em grande plano, onde o facto de ele ser ele próprio é outro ponto forte nas músicas dele. Recomendo-vos dessa mixtape músicas como: "Nikes On My Feet" (a intro é longa, esperem uma beca), "Senior Skip Day" (oiçam esta que é brutalíssima) e "All I Want Is You". Vou deixar-vos a primeira música que ouvi dele, que descreve tudo o que eu gosto no Mac Miller. Chama-se Kool Aid and Frozen Pizza (talvez uma referência à Cookies and Apple Juice do Cam'Ron).



Depois desta mixtape, a carreira do Mac subiu em flecha e ele lançou outra mixtape chamada "Best Day Ever" e, este que vos escreve, deixa aqui o link para a sacarem. Resumindo, a música dele transmite um Mac Miller convencido só para fazer rir e um tipo calmo e tranquilo. Deixo-vos aqui o primeiro single da última mixtape "Donald Trump", que é uma mensagem aos seus haters, dizendo que ele continua a conquistar o mundo enquanto eles continuam a tentar rebaixá-lo. A letra parece do mais egocêntrico e gabarolas que há, mas a forma irónica e divertida com que ele encara os que o odeiam é, para mim, brutal.