quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Daft Punk - Alive 2007

Há dias, falei duma banda chamada Darlin' e a importância que esta veio a ter para a formação de duas bandas: os Phoenix e os Daft Punk (se não leram vão ler que eu espero). Com os Phoenix já "arrumados" hoje vou falar da minha dupla de franceses preferida (desculpem Justice), Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, os membros constituintes do duo Daft Punk. Presentes em quase todas as pistas de dança do mundo, os Daft Punk são um dos nomes mais importantes no que toca a House. Mas são algo diferentes. São raras as fotos de ambos, entrevistas não abundam, aparecem sempre com as suas máscaras robóticas e, escolhem sempre meticulosamente e com elevado grau de sucesso as aparições que fazem em qualquer meio de comunicação. Ou seja, sobre eles, pouco se conhece, apenas o que eles querem que nós saibamos. Outro factor da dissociação do duo em relação a outros nomes fortes do House, é o facto de ter conquistado um espectro maior de audiência. Não, os Daft Punk não são só para a malta da discoteca. E foram-no provando ao longo da sua carreira.


Já vai longe o ano de 1993, em que eles se formaram e o ano de 1995 onde lançam uma das músicas mais fortes da década de 90, "Da Funk". No entanto, todas as músicas parecem-nos recentes, graças à sonoridade "vinda do espaço" inerente ao par de franceses. Após um primeiro single bem sucedido, os Daft Punk concentram-se no seu primeiro álbum Homework que os eleva ao estatuto de pioneiros. Rasgaram todo e qualquer preconceito pelo seu estilo de música, servindo de ponte entre os estilos musicais mais ligados à vida nocturna e o ecletismo musical. A verdade é que sem os Daft Punk, hoje não teriam tanto reconhecimento os trabalhos de Justice, Boys Noize, Steve Aoki, etc., a Ed Bangers seria uma banal Editora e não haviam músicas como "Daft Punk Is Playing In My House" dos LCD Soundsystem, "Stronger" do Kanye West ou "Lady (Hear Me Tonight)" de Modjo. Mas, essencialmente, sem os Daft Punk, não havia "Around The World", "Da Funk", "One More Time" e "Technologic".



OK, dou o braço a torcer, ao longo do tempo, tornaram-se algo repetitivos, mas verdade seja dita também, na música House é dificílimo contornar esse obstáculo. Mas os Daft Punk tentaram. Prova disso é o filme a contar a história do seu segundo álbum, Discovery, - lembram-se dos bonequinhos a serem raptados e depois transformados em cyborgs? - chamado Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem (fica em cima o video da "One More Time" para avivar a memória). Para os fãs de anime a juntar à banda sonora da banda é um video altamente recomendado por este que vos escreve. No dia 6 de Dezembro deste ano, voltaram ao activo com a banda sonora do filme Tron: Legacy, com Jeff Bridges e Olivia Wilde, e acredito que seja um trabalho algo diferente do que fizeram até ao momento. Confesso que estive em pulgas até sair o filme, mas ainda não o vi, nem ouvi a banda sonora. Mas a curiosidade mantêm-se.


Apesar de todos estes prós e contras, a obra-prima dos Daft Punk saiu em 2007, quando gravaram num polidesportivo em Paris o seu segundo álbum ao vivo: Alive 2007. Já eram aclamados pelas suas performances ao vivo e agora tinha-se a possibilidade de confirmar tal facto. É para mim, dos melhores álbuns ao vivo que já ouvi, onde os membros do duo se revelam mestres na mistura. São 84 minutos non-stop que só dão vontade de nos mexer e dançar pela casa. Para os que gostam do que ouviram deles, mas este Alive 2007 nunca vos passou pelo ouvido, é urgente que passe e garanto que não se vão arrepender. Acaba por ser a consagração dos Daft Punk, tendo sido o trabalho que ganhou mais consenso da crítica. O único defeito é claramente não ter um registo em video para que possamos contemplar todo o espectáculo.
A música de hoje sai exactamente desse álbum, sendo uma das melhores misturas que já vi, juntando das minhas músicas preferidas, chama-se: Around The World/Harder, Better, Faster, Stronger. Sim, a mistura das duas soa a algo genial. E é. As passagens estão excelentes, tendo apenas o se não de ser precedida da música Steam Machine, logo não estranhem se ao inicio ouvirem uma máquina a sugar coisas!

Daft Punk - Around The World/Harder, Better, Faster, Stronger by Diogo Martins

Hoje o Diogo foi assistir a uma curta de um amigo (coisas de intelectual), por isso só têm de ler um artigo. Aproveitem a sorte de hoje!
Saiu também a notícia que os Da Weasel vão fazer um período de paragem (que eu honestamente acredito que não seja definitivo) e deixo aqui o meu pesar (se calhar a palavra é muito forte), pois foram uma banda bastante presente na fase inicial da minha adolescência. Espero que a doninha volte para cantar "Adivinha Quem Voltou".

4 comentários:

  1. Epa oh Diogo és o maior! Hoje estive a ouvir Daft Punk enquanto estudava para os exames! Adorooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo! Mas adoro mesmoooooooooooooooooooooooo!

    ResponderEliminar
  2. faço um fixe aos daft punk. não sou a verdadeira fan, mas gosto de qualquer coisinha :)
    e quanto aos da weasel, é pesar também o que sinto- 'outro nível'

    - olha para mim, aqui toda contente a comentar o teu blog -

    ResponderEliminar
  3. Bacano bacano, sim senhor. A prestar bom serviço publico!!

    ResponderEliminar
  4. que pena. gosto mais dos artigos do diogo.

    ResponderEliminar