segunda-feira, 21 de março de 2011

Rage Against The Machine - Sleep Now In The Fire

Hoje vou quebrar aquela nossa máxima de não escrever nada sobre bandas muito conhecidas, mas para quem meteu Coldplay e Blur, a banda de hoje não se desenquadra muito do conceito do blog. Vou quebrar a máxima, porque falo pouco de bandas que realmente me dão aquela adrenalina, que me fazem delirar e gritar, que provocam em mim uma panóplia de sentimentos. Hoje vou falar de uma banda bastante conhecida pelo público e crítica, tanto pelo seu poder nos concertos ao vivo, como pelos músicas que compõem a sua antologia. Hinos como "Killing In The Name Of", "Bulls On Parade" e "Sleep Now In The Fire" que são verdadeiros gritos de revolta contra tudo e todos... Hoje vou falar dos Rage Against The Machine.


Comecei a ouvi-los há uns anos e rapidamente conquistaram-me. Então depois do concerto no Alive, fiquei completamente fã! Foi dos concertos do qual sabia menos letras e ao mesmo tempo gostei mais! Conquistaram-me mesmo. Talvez por me fazerem lembrar os meus tempos de nu-metal (desculpem os fãs pela comparação), talvez pela raiva e poder que o Zack de la Rocha mete nas suas letras, talvez pelo Tim Commerford ter a sua tatuagem mais diferente e original de sempre, ou talvez pela tremenda, e repito, TREMENDA, criatividade do Tom Morello... Acho que é mesmo todo o mix, que me torna por momentos um verdadeiro comunista de punho erguido. Aqui confesso, não me identifico totalmente com as ideologias politicas incutidas letras das músicas, mas com toda pujança com que eles nos transmitem as suas ideias (e principalmente o Zack), chega-se a um ponto em que é inevitável não gritar "Fuck you, I won't do what you tell me"... Eles são a música de intervenção elevada ao expoente máximo: letras, atitudes e as próprias melodias em si, são contagiantes gritos de revolta no seu mais puro estado. Podem não concordar, mas a forma como Zack De La Rocha defende a sua ideia, é algo que merece o devido louvor.


No entanto, os RATM não vivem só de ideologias políticas, eles tocam punk, hip-hop, metal e rock, sem qualquer tipo de mistura azeiteira, tudo com uma qualidade muito acima da média. E, sem desvalorizar os outros elementos, o principal responsável por isso é Tom Morello. Um dos guitarristas do mundo mais subvalorizados, mas que supera muitos virtuosos com a sua constante tentativa de sacar sons novos da guitarra. É um verdadeiro mestre nos pedais da guitarra e efeitos, mas sem que isso lhe suba à cabeça: a modéstia dele é inversamente proporcional ao valor que alguma da crítica lhe dá.
Os Rage têm uma discografia curta, 4 álbuns, oiçam os 3 primeiros: o homónimo, o Evil Empire e o The Battle of Los Angeles. O primeiro álbum é mais cru, mais pesado no que toca à intensidade das músicas e letras, os outros têm o mestre Tom Morello no seu melhor, sendo o terceiro um álbum com músicas mais orelhudas e cantáveis. Sei que muitos já ouviram várias canções desde a "Wake Up" do Matrix, "Bulls On Parade" em concertos de Da Weasel, "Tire Me" vencedora de um Grammy ou a inevitável "Killing In The Name Of". Mas digo-vos mesmo que é obrigatório ouvir todo o trabalho de uma banda que já está na história da música.
Não consegui escolher uma música, deixei-vos várias, mas acho sinceramente que a Sleep Now In The Fire é a minha preferida deles. Tem tudo que gosto neles: a pujança, a letra corrosiva e o génio de Tom Morello. Enjoy!

2 comentários:

  1. Antes de vê-los no Alive não lhes dava grande atenção e importância, mas surpreenderam-me muito! Fiquei possuída! Deram um fantástico concerto, o melhor do dia e desde aí que sou fã!

    Não acho mal que falem de bandas mais conhecidas, até porque há bandas muito conhecidas, muito boas e que merecem ser mencionadas aqui =)

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