segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Danger Mouse & Sparklehorse - Dark Night of The Soul

Prometido é devido. Depois de um fim de semana para festejar isto das férias, chega a segunda-feira e vou escrever um artigo. O mundo da música não parou, mas nós parámos um bocado. Ainda ontem tiveram a entregar os Grammy's e, se me permitem, vou só desabafar um bocadinho: sou o único a achar que os Them Crooked Vultures não deviam ganhar nada? Atenção, eu gosto de Foo Fighters, Queens of The Stone Age, Kyuss, Nirvana, Led Zeppelin e muitos mais projectos do Dave Grohl, do Josh Homme e do John Paul Jones... Mas sinceramente, acho o álbum demasiado mediano (e não mau) para ter tido o mediatismo que teve. A produção parece amadora, as músicas não são nada de especial e para o elenco que estava lá, esperava-se muito mais. Os Pearl Jam estavam nomeados para uma categoria qualquer com o Backspacer. Mais uma vez, adoro Pearl Jam, mas o Backspacer?! Para finalizar, os Iron Maiden ganharam o grammy de melhor Metal Performance com o El Dorado... Bem, mas a música é uma arte e cada um avalia como quer, até porque eles percebem mais disto do que eu! Concordam, discordam? Deixem aí um comentáriozinho.


Voltando ao artigo, vou partilhar com vocês um álbum que tem uma música que eu meti no meu top 20 do ano passado. O álbum é encabeçado por dois músicos: Danger Mouse e Sparklehorse. O primeiro ganhou ontem um merecido Grammy de melhor produtor (sim, também há prémios merecidos), trabalhou com Gorillaz, The Black Keys, Beck e fez parte da dupla Gnarls Barkley; o segundo é um géniozinho do indie já falecido que o Crostas há tempos vos falou. O álbum chama-se Dark Night Of The Soul e tem a particularidade de ser um álbum de colaborações, no sentido em que Danger Mouse e Sparklehorse compuseram as músicas e convidaram vários artistas para as cantar. Entre os convidados estão: Julian Casablancas dos Strokes, Black Francis dos Pixies, Iggy Pop, Suzanne Vega e o mestre do suspense David Lynch, que é fortemente associado a este projecto, pois também fez todo o artwork do álbum. É um álbum porreiro, nada do outro mundo, mas ouve-se todo muito bem. Em algumas músicas, são os próprios cantores a dar o toque final, o power que a canção precisava, como é o caso da Little Girl com o Casablancas ou a Pain com o Iggy Pop, noutras a voz feminina dá-nos tranquilidade como na The Man Who Played God com a Suzanne Vega, noutras a conjugação das duas é impecável, como na Revenge com o Wayne Coyne dos Flaming Lips, ou na Angel's Harp com o Black Francis. Como vos disse, ouve-se muito bem, coisa que o Danger Mouse garante sempre, e tem muito boas malhas na guitarra, coisa na qual o Sparklehorse se encarregou muito bem. Recomendo não só pela a mistura de tanta estrela, mas porque tem canções muito fortes. Merece uma audição vossa, Boutiquers.

A música de hoje é, indiscutivelmente, a que meti no top. Uma percussão simples mas que nos faz mexer, um solo BRUTAL, a voz do Casablancas no seu melhor... enfim, tornou-se uma das minhas músicas de eleição rapidamente. Espero que vos toque pelo menos metade do que me tocou. Enjoy! RIP Sparklehorse.



Já agora, o Marcos recebeu o seu CD são e salvo. A foto está na nossa página do facebook! E já agora número 2, obrigado por serem encalhados e não estarem neste momento no cinema ou a jantar (ou a fod...) com os vossos cônjuges, mas sim a ler este artigo! :D Feliz dia de São Valentim.

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